MPF LISTA PROVAS CONTRA TEMER E REBATE ARGUMENTO DE FALTA DE CONTEMPORANEIDADE

Publicado em: 03/4/2019

Ex-presidente Michel Temer

No recurso apresentado na segunda-feira, dia 1º, ao Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2) para que o ex-presidente Michel Temer volte à prisão da Lava Jato, a Procuradoria Regional da República detalhou o que classifica como sete provas contra o emedebista. O emedebista foi denunciado por peculato, corrupção e lavagem de dinheiro nas obras de da usina nuclear de Angra 3, no Rio, e se tornou réu nesta terça-feira, 2. A acusação formal da força-tarefa da Operação Lava Jato do Rio atingiu ainda o ex-ministro Moreira Franco (Minas e Energia), o coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista Lima Filho, o coronel Lima, e empresários aliados de Temer. O ex-presidente foi preso no dia 21 de março e ficou custodiado durante 4 dias na Superintendência da Polícia Federal, no Rio, em uma sala de 46m². Uma prova apresentada ao Tribunal da Lava Jato Rio é um e-mail trocado pelo empresário Carlos Gallo e o ex-presidente da Eletronuclear, almirante Othon Luiz Pinheiro da Silva. A mensagem, na avaliação da Lava Jato, corrobora o depoimento do delator José Antunes Sobrinho, ligado à Engevix, que apontou propina de R$ 1 milhão ao ex-presidente. O executivo disse à investigação que, durante um encontro no Palácio do Jaburu, em 2014, Temer citou o coronel Lima como “pessoa de sua inteira confiança, apta a tratar de qualquer tema”. Os procuradores afirmam que “coronel Limoeiro” é codinome de João Baptista Lima Filho. “Turco, acima de qualquer dúvida razoável, referência a Michel Temer e sua ascendência libanesa e “vizinho” referido em vários e-mails, refere-se a Vanderlei de Natale, vizinho de Michel Temer”, afirma a Lava Jato.

Estadão Conteúdo


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