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OESTE: entidades se mobilizam para formação do Conselho Gestor da APA do Rio Preto

Publicado em: 27/10/2020

As riquezas naturais do oeste baiano sofrem impactos com a devastação cada vez mais exponencial do Cerrado. O Rio Preto, um dos grandes exemplares que cruza a região oeste do bioma Cerrado à Caatinga, na parcela leste –  que se estende ao longo da divisa entre os estados de Goiás, Tocantins e do Piauí com a Bahia – contribui para a formação do Sistema Aquífero Urucuia (SAU), um dos mais importantes aquíferos brasileiros.

“O que impressiona à primeira vista é a beleza cênica da região. São aproximadamente 1.500.000 hectares onde se pode vislumbrar uma imensa formação florestal. As matas, que em alguns trechos são quase intocadas, abrigam uma variedade de espécies da nossa fauna e flora, muitas delas já quase extintas na região como a onça pintada, o jacaré de papo amarelo, a anta e a cobra sucuri”, destaca o consultor ambiental Marcos Pinheiro.

Para intensificar a conservação na porção do Rio Preto correspondente ao oeste baiano, o projeto Áreas Protegidas Municipais no Matopiba, com o apoio da iniciativa Parceria para o Bom Desenvolvimento, articula junto ao Instituto do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (INEMA) uma importante iniciativa: a formação de um conselho gestor da Área de Proteção Ambiental (APA) do Rio Preto. A iniciativa Parceria Para o Bom Desenvolvimento (Good Growth Partnership, em inglês) é executada pela Conservação Internacional (CI-Brasil), com apoio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e financiado pelo Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF).

 

O objetivo do conselho é formar um grupo qualificado composto por representantes dos órgãos públicos, de organizações da sociedade civil e da população local para diálogos sobre questões ambientais, sociais, econômicas, culturais e políticas locais. Para a APA do rio Preto, o INEMA está mobilizando três segmentos sociais para participar da formação do conselho: órgão governamentais (prefeituras, agências, institutos e universidades), sociedade civil (ONGs, associações de base, cooperativas, representantes de povoados e comunidades) e iniciativa privada (empreendedores, empresários, propriedade rurais produtivas, suas associações, entre outros).

Segundo Marcos Pinheiro, depois de constituído, é papel do Conselho Gestor “acompanhar a elaboração e implementação do plano de manejo; compatibilizar, integrar e otimizar os interesses dos diversos segmentos sociais e manifestar-se sobre obra ou atividade potencialmente causadora de impacto na Unidade de Conservação”.

Os interessados em formar o conselho podem participar de uma reunião virtual que acontece no dia 29/10, às 14h, mediante inscrições pelo número de WhatsApp (77) 99134-5070. A participação é gratuita e será feita uma seleção pela organização do encontro.

Fonte: Cajuí


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