Bahia: aumenta o risco de acidentes com escorpiões

Publicado em: 20/1/2019

Na Bahia, em 2018, ocorreram 24.714 casos de acidentes por animais peçonhentos, de acordo com o Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan. Entre eles, o acidente escorpiônico predominou, com 18.985 (76,8%).

Causas – Segundo Jucelino Nery, diretor do Ciave e coordenador estadual do Programa de Controle de Acidentes por Animais Peçonhentos, o clima, o crescimento desordenado das áreas urbanas, a falta de saneamento básico, o desmatamento e o acúmulo de lixo, entulhos e restos de material de construção fazem com que os escorpiões procurem abrigo e alimento (insetos, principalmente a barata) próximo ou dentro das residências, ocorrendo os acidentes.

O que fazer – No caso de picada por escorpião, deve-se acalmar a vítima, lavar a região atingida com água e sabão (não aplicar alho ou qualquer outra coisa), colocá-la em posição de repouso e levá-la à unidade de saúde mais próxima do local de ocorrência. Quando contatado pela unidade, o Ciave orientará quanto ao diagnóstico e tratamento desses pacientes.

Fake news – O Ciave alerta para “fake news” que está circulando atualmente nas redes sociais, onde está sendo recomendada a aplicação de gelo sobre o local da picada para atrasar a circulação de sangue. Segundo Jucelino Nery, “essa conduta não traz nenhum benefício para o paciente e pode atrasar a busca do atendimento médico”.

Como evitar – Estes acidentes podem ser evitados com os alguns cuidados, como: manter limpas as áreas internas e ao redor das residências, evitando o acúmulo de lixo, entulhos e outros materiais; manter berços e camas afastados da parede, principalmente em casas sem reboco; sacudir roupas, toalhas, panos de chão e calçados antes de usar; fechar buracos e frestas em paredes, janelas, portas e muros; proteger mãos e pés quando mexer em montes de lenha, tijolos, telhas, entulhos, folhagens e buracos; evitar a presença de baratas, que fazem parte do cardápio dos escorpiões; usar telas em ralos e janelas.

Com informações do CIAVE

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