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Ribeirinhos recebem Educação Ambiental para desenvolvimento local sustentável
Publicado em: 12/6/2021
“As preocupações em torno do acesso e os diversos usos da água são crescentes no mundo. O Brasil possui 12% da água doce disponível e se coloca na centralidade das disputas mundiais pela água. Diante do quadro de desequilíbrio ambiental, cursos como esse são imprescindíveis para um trabalho de conscientização para o uso racional dos recursos hídricos junto às populações. Nossa proposta é desencadear um processo multiplicador de informações e formação sobre uso e acesso à água, à matriz energética e suas alternativas, bem como o cuidado e e preservação ambiental”, explicou a secretária Interina da Sema, e diretora Geral do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), Márcia Telles.
“Esta é uma formação com vistas a preparar comunidades ribeirinhas em áreas de construção de barragens. Nossa proposta é colaborar no sentido de diminuirmos as injustiças ambientais, especialmente aquelas derivadas do modelo de progresso e desenvolvimento em vigor. Essa formação possui um caráter crítico e emancipador, para que as pessoas possam buscar soluções sustentáveis na mediação e resolução de conflitos. Esses conflitos muitas vezes são resultantes de um desenvolvimento desagregador e portador de impactos que atingem negativamente grande número de famílias que vivem da cultura econômica tradicional local, especialmente da pesa e da agricultura familiar”, afirmou José Carlos Oliveira, diretor de Educação Ambiental da Sema.
Monitores e agentes locais atingidos por barragens serão capacitados através de práticas transformadoras de Educação Ambiental, receberão orientações normativas sobre o uso e acesso à água, a matriz energética brasileira e suas alternativas, e promover práticas eficientes de cuidado e recuperação do meio ambiente. Após o curso, os agentes locais desenvolverão oficinas, palestras, debates, reuniões em comunidades atingidas e escolas, para disseminar e multiplicar os conhecimentos colhidos durante o curso. Dessa forma, serão desenvolvidos processos formativos e de conscientização nas escolas e comunidades por meio da ação dos agentes locais, visualizando conjuntamente caminhos para buscar os meios para sanar as demandas locais, possivelmente elencadas nessas atividades formativas.
Fonte: Sema